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A Marcha Mundial das Mulheres de Moçambique organizou um acto de solidariedade, denuncia e sensibilização em Maputo na sexta feira, para assinalar o dia da Mulher Saharaui.
As organizadoras trouxeram para a África Austral o sofrimento das suas irmãs saharauis.
O embaixador da RASD em Moçambique, o Sr. Ouadadi Chej Ahmed El Heiba fez um resumo da situação actual e elogiou o trabalho desenvolvido pela MMM e outras organizações de mulheres moçambicanas em prol de um mundo mais justo e fraterno.
Graça Samo do secretariado internacional da MMM reafirmou o caracter da solidariedade internacionalista do movimento e a necessidade de reforçar o apoio à luta da mulher saharaui pela independencia.
A presidente da organização, Sra. Maria Paula informou sobre ações já desenvolvidas no âmbito desta luta. Segundo Maria Paula é imprescindível e urgente a ação concreta.
Graça Samoa disse que se tinha que acrescentar a luta anticolonialista à base dos principios do movimento – a luta antipatriacal e anticapitalista – até que África esteja livre na sua totalidade.
Após a apresentação de dois videos, um deles sobre a violência sobre a mulheres nos territórios ocupados, a activista Isabel Lourenço, colaboradora de PUSL deu o seu testemunho sobre as condições de vida e luta no Sahara Ocidental e a situação dos presos politicos saharauis com enfoque no grupo de Gdeim Izik.
A assistência ficou chocada, emocionada e indignada com o que viu e ouvi.
Foram várias as intervenções de activistas, artistas e jornalistas que referiram não ter conhecimento até ao momento da dimensão da violência da ocupação marroquina e foram unânimes que é necessário quebrar o silêncio.
Frisaram ainda que é uma vergonha para África que um país africano ocupe um país irmão.
No final deste acto foram decididas várias ações a realizar no futuro imediato a nivel nacional e envolvimento de organizações irmãs do continente.