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PUSL.- Na segunda-feira dia 13 de Abril 2020 atracou no porto de Santos no Brasil, o navio Golden Bonnie transportando uma carga de fosfato originário dos territórios ocupados do Sahara Ocidental, extraído e exportado ilegalmente pela empresa estatal marroquina OCP.
A OCP opera há dez anos no Brasil onde comercializa o fosfato que fornece a várias empresas de fertilizantes. Segundo informações recolhidas no site da OCP, a empresa é o maior fornecedor de fosfato do Brasil, representando 40% da importações brasileiras deste produto.
Desde a ocupação do Sahara espanhol (provinicia 53 de Espanha) em 1975 por Marrocos que o governo marroquino explora de forma ilegal os recursos naturais deste território numa clara violação do Direito Internacional.
A ocupação do Sahara Ocidental por Marrocos é ilegal aos olhos do Direito Internacional e Marrocos não tem quaisquer laços de sobrania conforme reafirmado pelo Tribunal Internacional de Haya, as inúmeras resoluções das Nações Unidas, a União Africana e os recentes dictamens do Tribunal de Justiça da União Europeia.
O Sahara Ocidental continua na lista de territórios não autonomonos das Nações Unidas que aguardam a descolonização.
O Brasil conhecido por ele explorar de forma selvagem os seus recursos naturais e deixar terceiros apoderarem-se dos recursos, não será certamente sensível ao caso do Sahara Ocidental, nem aos atropelos do Direito Internacional.
Cargas de fosfatos da OCP foram apreendidas na África do Sul e no Panama onde acções jurídicas impediram Marrocos de usufruir do expolio.
Apesar de Marrocos ser o maior exportador de Fosfatos no mundo e ter tido enormes benefícios económicos com o roubo deste recurso natural do Sahara Ocidental, os lucros baixaram no ano passado e novos obstáculos podem avizinhar-se.
A importância do fosfato como nutriente tem sido essencial, mas o uso excessivo de fosfato provoca contaminação dos sistemas de água, causando danos na forma de proliferação generalizada de algas e condições inseguras da água. Devido ao uso de fosfato na agricultura em todo o mundo, a ameaça de danos à água devido à poluição por nutrientes é uma preocupação global.
O uso de fosfato como fertilizante nas práticas agrícolas modernas tem pressionado significativamente o fornecimento global de fosfato. Esse facto aliado à crescente poluição dos sistemas de água criou a necessidade de alternativas que forneçam os nutrientes necessários para alimentar uma crescente população global. Espera-se que alternativas sustentáveis ao fosfato se tornem essenciais para futuras práticas agrícolas.
As empresas inovadoras de energia estão a começar a desenvolver novas fontes de nutrientes para as culturas na forma de fertilizantes orgânicos.
A EarthRenew (CSE: ERTH) desenvolveu um processo de produção patenteado que converte o desperdício de gado em fertilizante orgânico de liberação lenta e rico em nutrientes.
Segundo Keith Driver, President da EarthRenew. “A conversão desses materiais em fertilizantes estáveis e de alto valor fornece o incentivo econômico necessário para que esses nutrientes sejam vendidos para uso em solos e sistemas de cultivo que são deficientes em nutrientes. A alternativa fará com que esses adubos brutos sejam aplicados localmente à fonte de gado, devido à falta de incentivo econômico para fazer o contrário.”