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PUSL.- Segundo informações da família do senhor Mohamed Lamin Haddi que está detido na prisão de Tiflet, não têm contato com ele desde 9 de setembro.
Embora a família tenha ligado várias vezes para a administração da prisão, não recebeu nenhuma resposta sobre o Sr. Haddi.
Esta situação não é única, já que vários detidos do grupo Gdeim Izik estiveram incomunicáveis sem qualquer justificação, várias vezes durante o seu encarceramento, em flagrante violação do direito internacional e da legislação nacional. Esse foi o caso de alguns dos detidos deste grupo na prisão de Ait Melloul.
Maître Ouled enviou imediatamente uma comunicação às autoridades marroquinas para saber sobre o estado de saúde e o paradeiro de Haddi.
“Durante a pandemia de Covid, a situação é ainda mais preocupante, pois os telefonemas são a única forma de contato com os presos, as visitas são proibidas durante a pandemia. As famílias já tinham enormes dificuldades antes da pandemia em visitar os meus clientes do grupo Gdeim Izik, pois eles estão em prisões no Reino de Marrocos e não no Sahara Ocidental. Alguns dos detidos distam mais de 1200km da sua terra natal, como é o caso dos reclusos de Tiflet ”, disse a advogada.
“Estou extremamente preocupada com o estado de saúde dos meus clientes que estão em confinamento solitário prolongado há tanto tempo que os efeitos já são irreversíveis”, disse Maître Ouled.
Maître Ouled enviou várias queixas relacionadas com o confinamento prolongado dos seus clientes, que até agora não obtiveram resposta das autoridades marroquinas.
O Sr. Mohamed Lamin Haddi foi condenado a 25 anos num julgamento que não respeitou os procedimentos e requisitos mais básicos de um processo justo. O grupo Gdeim Izik ainda aguarda a decisão do supremo tribunal marroquino e por isso, está de facto, em prisão arbitrária há mais de nove anos.