24 de maio de 2016, porunsaharalibre.org
A família do preso político saharaui Mohamed El Hafed Yazza, informou hoje que o estado de saúde do detido está cada vez mais deteriorado após 23 dias de greve de fome.
Recordamos que Mohamed El Hafed Yazza, entrou em Greve de fome o passado dia 1 de Maio em protesto contra as condições infra-humanas em que se encontra detido na prisão de Ait Melloul, a falta de assistência médica e exigindo a sua transferência para a prisão de Bozakarin para estar mais perto da família.
O preso político saharaui Mohamed El Hafed Yazza encontra-se detido desde março de 2008 após a sua participação numa manifestação pacífica organizada por jovens saharauis na cidade de Tantan, no sul de Marrocos, para exigir o direito do povo saharaui à autodeterminação, cumpre uma sentença de 15 anos de prisão ditada num julgamento celebrado em Marrocos sem as mínimas garantias de um processo justo e legal.
Tem sido transferido de forma arbitrária por várias vezes nos últimos 8 anos de prisão em prisão, sofrendo torturas e maus tratos, negligência médica grave e realizou várias greve de fome em protesto pelas condições a que é sujeito.
A família apresentou queixas oficiais tanto a nível das autoridades marroquinas como a nível internacional nos organismos competentes das Nações Unidas e União Europeia.
É política do reino de terror marroquino, não só torturar, mal tratar, e negar assistência médica aos presos políticos saharauis, como mante-los a centenas e milhares de km de distância das famílias, impedindo assim que sejam alimentados de forma a cobrir a necessidade nutricionais básicas.
As visitas de familiares são muitas vezes negadas e a entrada de frutas e legumes são impedidas de forma arbitrária.
Apesar da sistemática denúncia por parte das famílias dos presos políticos, de activistas de direitos humanos, de associações de defesa dos presos políticos e direitos humanos, Eurodeputados e Deputados em vários parlamentos a nível internacional assim como relatórios das Nações Unidas , o Reino Alauita segue a sua política medieval de forma impune.






