27 de julho 2016, porunsaharalibre.org / Por Ghali Zaiougay
A 25 de Julho, autoridades marroquinas reprimiram violentamente a manifestação convocada pelas Coordenadoras de desempregados saharauis para assinalar os 100 dias após o assassinato de Brahim Saika, um dos seus líderes sindicais. Brahim Saika faleceu sob custódia policial após tortura e maus tratos.
A manifestação que se realizou no Bairro de Maatala, em El Aaiun, capital do Sahara Ocidental ocupado, foi atacada pelos agentes da policia secreta e forças auxiliares. As forças de ocupação lançaram-se de imediato contra os manifestantes pacíficos espancando-os. Desta intervenção resultaram dezenas de feridos graves.
Os activistas das Coordenadores de desempregados das várias cidades dos territórios ocupados, e os activistas de direitos humanos saharaui e população saharaui solidária tinham agendado um dia de luta e protesto, sob o lema “justicia para “Brahim Saika e liberdade de Hmatou lkawrey “.
Domingo à noite, 24 de julho de 2016, a polícia deteve os desempregados: Abed Elwahab Hadi e Ahmef El Maydobi à entrada de El Aaiun durante quase duas horas e também Rqguibi Yalid- Lmhaba Daiy, Embarek Adal e Hasn Khodi no poste de controle de passageiros. As autoridades marroquinas impediram a entrada em El Aaiun de vários membros de Coordenadoras de desempregados de outras cidades.
O local onde se deveria realizar a conferência das Coordenadoras que tinha como objectivo a criação de uma “Frente Unida” que unisse as várias estruturas saharauis de desempregados dos territórios ocupados, foi cercado pela polícia que não permitiu o acesso, abortando assim a iniciativa.
Os desempregados saharauis lutam contra o desemprego e a discriminação social, tendo criado Coordenadoras nas Cidades ocupadas, as ações desenvolvidas nos últimos meses e a quantidade de participantes levou à necessidade de criação de uma frente unida.