4 de agosto de 2016, porunsaharalibre.org
O cônsul-geral espanhol em Argel, bloqueou os vistos de 15 saharauis que sofrem de doença crónicas, nomeadamente cancro, problemas de fígado e doença renal, os pedidos foram rejeitados na semana passada, para impedir que viajem a Espanha para receber cuidados hospitalares urgentes. Se a situação não é desbloqueada e os doentes saharauis não receberem ajuda profissional, irão vão falecer por negligência do cônsul espanhol.
As casas de apoio a doentes saharauis em Espanha, e vários hospitais em diferentes províncias espanholas fizeram um apelo para que sejam emitidos os vistos de acesso ao território espanhol com o único fim dos 15 saharauis receberem tratamento e, consequentemente, salvar ou melhorar a sua qualidade de vida.
Alertam que seria um grave erro recusar-lhes a entrada, devido à forte probabilidade de falecerem caso não tenham acesso aos tratamentos em Espanha o que equivaleria a um homicídio, sendo toda a responsabilidade no Governo Espanhol.
Espanha continua a ser administrador “in jure” (perante a lei) de grande parte do território do Sahara Ocidental, não assumindo a responsabilidade da descolonização, e é co-responsável da existência de campos de refugiados de centenas de milhares de saharauis que na época da saída de Espanha, em 1975, e subsequente invasão marroquina tinham a nacionalidade espanhola que até hoje deveria estar em vigor.
Os campos de refugiados saharauis existem há 41 anos sendo dos mais antigos do mundo, localizados num deserto conhecido como deserto da morte, onde a sobrevivência só é possível de forma artificial, a água ,todos os alimentos, assim como restantes bens essenciais têm que ser transportados para os campos.