As delegações de Marrocos, Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos retiraram-se hoje 4ª Cimeira Afro-Árabe, em Malabo, Guiné-Equatorial.
Segundo noticias publicadas em vários meios de comunicação social africanos, as três delegações afirmaram que se retiravam devido à “insistência da União Africana em aceitar uma delegação do Sahara Ocidental na cimeira”.
Na segunda-feira, numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros Árabes e Africanos realizada na capital da Guiné Equatorial, Malabo, para preparar a quarta cimeira árabe-africana, Anis Birrou, ministro marroquino dos Marroquinos que vivem no estrangeiro e dos Assuntos Migratórios, opôs-se à presença de uma delegação da “República Árabe Saharaui Democrática”.
Birrou anunciou então a retirada de Marrocos da cimeira. Por sua vez, o embaixador saudita no Egito, Ahmed bin Abdulaziz al-Qattan, também anunciou a retirada do seu país da cimeira, confirmando que a medida foi tomada “em solidariedade com Marrocos”.
O ministro de Mudanças Climáticas dos Emirados Árabes, Thani Ahmed Al Zeyoudi, também seguiu com um anúncio semelhante, notando que o seu país iria retirar-se da cimeira à semelhança de Marrocos e da Arábia Saudita.
Nesta Cimeira, os chefes de Estado e de Governo africanos e árabes vão debater – essencialmente – sobre a cooperação económica, o combate ao terrorismo, o desenvolvimento agrícola, a segurança alimentar, a carta do “Fundo de resposta a desastres”, e a evolução da política em África e no mundo árabe.
Porunsaharalibre recorda que a Arábia Saudita foi um dos financiadores do muro de separação marroquino de 2720km que divide o Sahara Ocidental e transformou os territórios ocupados na maior prisão a céu aberto do mundo.