Imagine o seguinte cenário:
Mohamed VI envia frotas com milhões de colonos marroquinos, numa “marcha azul” para ocupar os territórios de Espanha e Portugal após assinar um acordo com a União Europeia e retirar todos os cidadãos marroquinos dos restantes países europeus.
Junto com os colonos chegam os bombardeiros, os navios de guerra e todos os meios militares marroquinos, apoiados por Israel, Emirados Árabes e Arabia Saudita, os EUA dão o seu apoio silencioso. França também apoia a invasão limitando-se a fechar todas as fronteiras com Espanha após ter colocado aí os marroquinos vindos dos países francófonos da Europa.
A população espanhola e portuguesa é obrigada a entregar toda a documentação pessoal e a mesma é substituída por documentos marroquinos.
Marrocos inicia a construção de um muro que separa Espanha de França, única fronteira terrestre. Postos de controle são colocados em todas as artérias principais.
As casas são ocupadas por colonos marroquinos.
O abastecimento de água e eletricidade é controlado pelos militares marroquinos.
Espanhóis e portugueses que se opõem são fuzilados, centenas de valas comuns são abertas, o genocídio de grande parte da população completa-se com o bombardeamento dos civis com Napalm e Fósforo Branco.
Os recursos naturais e indústria dos dois países são de imediato controlados pelo governo Marroquino que despede todos os ibéricos.
O empobrecimento da população é rápido.
Toda e qualquer resistência é aniquilada, os movimentos de todos os resistentes controlados.
Nas escolas é obrigatório cantar o hino marroquino e dar salvas e vivas ao Rei. Os alunos são segregados e tratados como se fossem inferiores.
As prisões enchem-se de civis. Mulheres, homens e crianças. Com julgamentos inexistentes ou ilegais. A tortura é aplicada de forma indiscriminada a toda a população, assim como os sequestros e desaparecimentos forçados.
Os meios de comunicação sofrem de censura a 100%.
Apelos repetidos à comunidade internacional não recebem resposta. As inúmeras resoluções da ONU não são aplicadas. A população original diminui cada vez mais. Aumentam os nados mortos e doenças terminais. Suspeita-se de mal prática por parte dos médicos marroquinos, mas nenhum organismo internacional é admitido no território. As ONG’s e instituições internacionais são expulsas.
Nas prisões apodrecem milhares de inocentes.
Surgem poucas noticias no estrangeiro. Quando falam de recursos naturais, sugere-se que os ibéricos deveriam ter direito ao emprego. Como se um emprego muda-se a situação da ocupação.
Há gente que se vende como se tem verificado ao longo da história. Vendidos que defendem o ocupante ilegal. Enquanto que a maioria da população tem que viver a violência diária da invasão das suas casas, do maltrato, tortura e um apartheid político, social e económico.
Imagine e pergunte-se: Aceitaria esta situação? Parece-lhe justo?
Não?
Então porque aceita esta situação para o povo saharaui?