PUSL.- As organizações abaixo-assinadas reafirmando a sua solidariedade de sempre com o povo saarauí, condenam e exigem o fim imediato da violência e repressão que as forças ocupantes do Reino de Marrocos têm praticado, com particular intensidade, desde o passado dia 19 de Julho.
Este novo crescendo da repressão pelas forças de Marrocos ocorre desde o passado dia 19, quando a população saarauí, dos territórios ocupados, particularmente em El Aaiun, saiu às ruas a comemorar a vitória da seleção argelina de futebol na final do Campeonato Africano das Nações.
As comemorações, pacíficas, acompanhadas da exigência da independência do Saara Ocidental, foram de imediato violentamente reprimidas, havendo notícia da morte de uma jovem de 23 anos atropelada por um carro das forças marroquinas e de um número desconhecido de feridos. As forças marroquinas estarão a utilizar violência indiscriminada contra a população saarauí, incluindo o recurso a fogo real.
Reafirmando a exigência do fim imediato da violenta repressão, as organizações subscritoras lembram que o povo saarauí vive há décadas sob a ocupação do Reino de Marrocos, onde é sujeito, para além de assassinatos, a espancamentos e prisões arbitrárias, ou forçado ao exílio, como acontece nos acampamentos de refugiados, em condições extremamente precárias, as organizações subscritoras consideram que uma
solução justa para o Saara Ocidental exige:
-O fim da ocupação marroquina do Saara Ocidental;
-A instalação de um mecanismo permanente da ONU para o acompanhamento do respeito dos direitos humanos do povo saarauí nos territórios ocupados;
-A libertação dos presos políticos saarauís nas prisões marroquinas;
-O respeito pelo inalienável direito à auto-determinação do povo saarauí;
As organizações subscritoras consideram que o Governo português está obrigado a tomar uma posição clara contra as agressões do Reino de Marrocos contra o povo saarauí e de exigência do cumprimento das deliberações da ONU quanto ao Saara Ocidental.
Organizações subscritoras :
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
Movimento Democrático de Mulheres