PUSL.- Jovens activistias saharauis foram condenados de um ano a dois anos e meio de prisão por um tribunal marroquino em El Aaiun, no Sahara Ocidental ocupado, com falsas acusações.
As sentenças foram pronunciadas pelo Tribunal de Recurso de El Aaiun no dia 4 de Setembro. Além das penas de prisão os jovens serão obrigados a pagar uma multa de 30.000 dirhams (cerca de 3.000 euros) cada como alegada compensação por danos causados a Forças de segurança marroquinas que mantêm a ocupação ilegal do território.
O veredicto é de dois anos, foi atribuído a Ali Mahrouk, Sufian Bougnour, Al-Hafiz Ayyash, El Jalil Bluz e Abderahman Talbi.
Hafez Riahi, Akai Adoueihi, Mohamed Aali El Kori, Erguibi Saidalizid e Salek Boussoula foram condenados a dois anos e meio.
Os jovens saharaui foram acusados de “sabotar veículos públicos, colocar barricadas nas vias públicas a fim de prejudicar o tráfego e a ataques às forças públicas”. Acusações que são utilizadas em quase todos os julgamentos de activistas saharauis e que nunca são acompanhadas de provas excepto os documentos produzidos pela policia ou confissões obtidas sob coerção e tortura. Os jovens negaram todas as acusações.
Os alegados factos datam de 19 de julho na cidade de El Aaiun, onde as comemorações pela vitória da equipe argelina na Copa das Nações Africanas rapidamente se transformaram em desfiles pela independência e fim da ocupação marroquina.
Durante esses acontecimentos, uma jovem estudante saharaui morreu após ser atingida por veículos de choque das forças policiais.
Após as sentenças os jovens foram maltratados pela policia presente e transferidos para a prisão Negra de El Aaiun.
Recordamos que 4 menores se encontram em liberdade condicional com as mesmas acusações.
Não foi permitida a presença de observadores internacionais no julgamento e o presidente da CODAPSO , Mohamed Dadach, activista, ex-preso politico e prémio RAFTO para os direitos Humanos também foi impedido de assistir.