Nova York, 19 de setembro de 2019 (SPS) -. O delegado da Frente POLISARIO nas Nações Unidas, condenou veementemente a política expansionista de Marrocos nas Áreas Ocupadas.
Em cartas separadas ao Sr. Jean-Pierre La Croix, Secretário Geral Adjunto das Nações Unidas, encarregado das Operações de Paz, e ao Sr. Colin Stewart, Representante Especial do Secretário Geral para o Sahara Ocidental, respectivamente, pelo Dr. Sidi Mohamed Omar, representante da POLISARIO nas Nações Unidas, expressou a sua rejeição à construção de um “novo porto atlântico”, com uma extensa infraestrutura a cerca de 70 quilpmetros ao norte de Dakhla, nos territórios ocupadas do Sahara Ocidental.
A Frente POLISARIO alerta que o projeto marroquino que será implementado na cidade ocupada de Dakhla é outro exemplo das políticas de anexação de Marrocos destinadas a perpetuar e normalizar a sua ocupação militar e a anexação ilegal de partes do Sahara Ocidental em flagrante violação do direito internacional.
Para o delegado do POLISARIO na ONU, o novo projeto marroquino é um ato provocador e perigoso que contraria o espírito do plano de paz e viola as resoluções do Conselho de Segurança, incluindo a resolução 2468 (2019), que instou as partes a “absterem-se de qualquer acção que possa prejudicar as negociações facilitadas pelas Nações Unidas”.
É também uma nova ferramenta através da qual o status de ocupação marroquina intensificará os saques e o esgotamento maciço dos recursos naturais da região, alerta o representante da Polisario.
O representante saharaui das Nações Unidas recordou a recente carta enviada pelo Secretário-Geral da Frente POLISARIO, Presidente Brahim Gali ao Conselho de Segurança, que chamou a atenção do Conselho sobre as acções desestabilizadoras de Marrocos que ameaçam minar o processo de paz de Nações Unidas no Sahara Ocidental.
A esse respeito, o diplomata saharaui destacou, em particular, a declaração do presidente saharaui de que, embora a Frente POLISARIO continue a cumprir plenamente as suas obrigações decorrentes do cessar-fogo e acordos militares relacionados, o povo saharaui mantém o seu direito legítimo de responder a todos os actos de agressão e ameaças marroquinas.
O Dr. Omar exortou a comunidade internacional a assumir a sua responsabilidade e a tomar as medidas necessárias para garantir que o Marrocos se abstenha de suas acções provocativas que apenas agravam a situação no terreno e minam qualquer possibilidade de avançar no já frágil Processo de paz das Nações Unidas no Sahara Ocidental.