PUSL.- Faraji Dada, preso político saharaui, que se encontra actualmente detido na prisão de Ait Melloul 1, perto de Agadir, tem sido alvo de contínuos maus tratos. Dada foi colocado entre os detidos com sentenças por crimes violentos que são incentivados pela administração da prisão a maltratá-lo.
As condições de detenção estão muito abaixo dos padrões básicos mínimos de higiene e segurança.
Diante dos maus tratos e da negação do seu direito de comunicar com a sua família por telefone, Dada tentou escrever uma denúncia às autoridades competentes, o que foi impedido pela direção da prisão. .
Faraji Dada foi condenado a 20 anos de prisão no tribunal de primeira instância em El Aaiun, no Sahara Ocidental ocupado.
Ele foi transferido da prisão Negra, em El Aaiun (Sahara Ocidental ocupada) para Ait Melloul (Marrocos) no último dia 3 de junho.
As autoridades de ocupação marroquinas acusaram o jovem de “atear fogo a uma viatura da polícia marroquina e de violência contra funcionários públicos”. Esta acusação não foi comprovada e o jovem negou todas as acusações.
Dada foi detido em dezembro passado na cidade de Smara, territórios ocupados do Sahara Ocidental, e informado que tinha um mandado de prisão pendente que reclassifica acusações relacionadas aos eventos ocorridos em 2017 em Smara.
O jovem foi transferido para a Prisão Negra de El Aaiun, onde aguardou julgamento.
Mohamed Fadel Lilli é o advogado de defesa de Dada, mas não houve presença de observadores estrangeiros neste julgamento, uma vez que a advogada espanhola Ana Sebastián, que iria participar como observadora, foi impedida pelas autoridades marroquinas de entrar no território.
Faraji Dada é irmão de Mohamed Dada, um jovem estudante saharaui do grupo de estudantes conhecido como “Grupo El Uali” que foi detido em 2016 e condenado a 10 anos de prisão.