PUSL.- Hoje, 10 de Novembro, Abdallah Abbahah, preso politico saharaui do grupo de Gdeim Izik, informou a família que enviou cartas ao Ministro da Justiça e ao Ministro dos Direitos Humanos de Marrocos reiterando o pedido de poder ver a sua advogada de defesa, Maître Olfa Ouled em conformidade com os seus direitos básicos consagrados no Direito Internacional e no Direito Marroquino.
Abdallah não vê a sua advogada desde 2017, nem foi autorizado a falar com ela por telefone.
Lembramos que Maitre OULED foi expulsa de forma violenta da sala de tribunal durante o julgamento em 2017 e que foi novamente expulsa de Marrocos em 2018, tendo estado detida no aeroporto até ser posta num avião de regresso a França, impedindo-a de visitar os seus clientes detidos nas prisões marroquinas,
A família informou ainda que Abdallah foi impedido arbitrariamente de sair ao pátio esta manhã. Recordamos que Abbahah se encontra em confinamento solitário prolongado há 3 anos, estando 23h00 na cela e as saídas ao pátio também são efectuadas em solidão sem qualquer interacção humana.
Abbahah tem repetidamente solicitado uma reunião com o Director da Prisão Tiflet2 onde se encontra sem no entanto ter recebido uma resposta.
Para evitar mais problemas e maus tratos por parte dos guardas, que tem sido uma constante no ultimo mês, decidiu não sair mais ao pátio a partir de hoje até que possa falar com o director.
Um dos presos de delito comum assasinou um guarda em Tiflet2 há alguns dias o que levou a uma escalada de violência contra os presos.
No entanto o preso marroquino que assassinou o guarda continua a frequentar o pátio com outros presos.
Na semana passada Mohamed Lamin Haddi, outro preso politico do Grupo Gdeim Izik, foi levado para um pátio onde se encontrava o violento preso marroquino numa clara tentativa dos guardas de colocar em risco a vida de Haddi. Haddi também está em confinamento prolongado.