Carta do PUSL aos membros do CS sobre a violação do cessar-fogo em Guerguerat

Exmos. Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas
V.Exa. Michelle Bachelet, Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos
V. Exa. António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas

Perante a grave violação de cessar fogo cometida esta manhã, dia 13 de Novembro de 2020 pelo Reino de Marrocos envolvendo um grupo de bandidos à paisana no ataque a civis saharauis que protestavam pacificamente contra a brecha ilegal da Guergarat e as suas forças armadas cruzaram o muro militar de separação perto da brecha para contornar e cercar a área Porunsaharalibre, manifesta a sua total condenação dos actos cometidos pelo exercito marroquino. Esta acção militar marroquina foi cometida sob o olhar da MINURSO cujo mandato inclui a manutenção do cessar fogo.

Estamos particularmente preocupados com a situação nos territórios ocupados onde as autoridades de ocupação marroquinas reforçaram em todas as cidades a sus presença e em particular nos bairros onde residem maior numero de Saharauis.

Os presos políticos saharauis estão agora numa posição de ainda maior risco e é urgente que Marrocos cumpra as medidas urgentes, decisões e opiniões emitidas pelos vários mecanismos de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Neste contexto apelamos a vossas Excelências que:

– Tomem todas as medidas necessárias para que o exercito marroquino não cruze mais a zona tampão e cesse todas as hostilidades;

– Tomem as medidas necessárias para encerrar a brecha ilegal:

– Tomem todas as medidas necessárias para proteger a população saharaui nos territórios ocupados;

– Tomem todas as medidas necessárias para proteger os presos políticos saharauis nas cadeias marroquinas e em especial o grupo de presos de Gdeim Izik;

– Implementem o mais rapidamente possível a realização do referendo de autodeterminação aceite por ambas as partes (Marrocos e Frente Polisario) em 1991 e que é a base do acordo de cessar fogo dando ao povo saharaui a possibilidade de exercer o seu legítimo direito à liberdade, dignidade e soberania.

Com a mais elevada consideração,

Direcção do PUSL