
O líder da Frente Polisário, Brahim Ghali, já nomeou representantes legais para representar-lo como réu no dia 1º de junho por videoconferência no Supremo Tribunal Nacional, dissipando assim a possibilidade de que ele evite a ação judicial. Já compareceram em tribunal o seu advogado e o advogado que o representará, Manuel Ollé, especialista em direito penal internacional.
Ghali foi acusado pelo chefe do tribunal central número 1 do Tribunal Nacional, Santiago Pedraz, por duas denúncias consolidadas em uma em que são denunciados crimes de genocídio e tortura. O juiz, com o apoio do Ministério Público, não acatou os pedidos de imposição de medidas cautelares contra o investigado por não figurar como autor direto dos supostos crimes denunciados.
Nenhum dos depoimentos produzidos até o momento em tribunal apontam diretamente para ele como torturador. O presidente da República Árabe Saharaui Democrática e secretário-geral da Frente Polisario, Brahim Ghali, manifestou perante os tribunais espanhóis, através da sua equipa jurídica, o seu “compromisso de colaborar com a justiça”, segundo as referidas fontes.