Num comunicado de imprensa publicado por Argel em 14 de julho de 2021, a necessidade de autodeterminação do povo saharaui e palestiniano foi destacada pelo representante da Argélia.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Comunidade Nacional no Exterior, Sr. Ramtane LAMAMRA, participou, por videoconferência, na Conferência Ministerial intercalar do Movimento dos Países Não Alinhados, sob a Presidência da República do Azerbaijão.
Esta reunião, que se realiza no contexto da celebração deste ano do 60º aniversário da criação do Movimento PNA, teve como tema “O Movimento dos Não-Alinhados no centro dos esforços multilaterais para responder aos desafios globais”.
No seu discurso, o Ministro destacou a necessidade de todos os Estados membros do Movimento reafirmarem o seu apego aos ideais e princípios deste último. Em nome do presidente Abdelmadjid TEBBOUNE e do povo argelino, ele prestou uma homenagem merecida a todos os fundadores do Movimento, incluindo os líderes do Movimento de Libertação Nacional da Argélia e do Governo Provisório da República da Argélia.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros recordou ainda o apoio constante do Movimento PNA desde a sua criação às justas causas da descolonização em todo o mundo, sublinhando a necessidade de manter a solidariedade com os povos palestiniano e saharaui.
Relativamente ao Sahara Ocidental, o Sr. LAMAMRA indicou que o recomeço do conflito armado entre o Reino de Marrocos e a Frente Polisário merece uma maior atenção por parte da comunidade internacional. Ele exortou o Secretário-Geral da ONU a acelerar a nomeação do seu Enviado Pessoal e a lançar um processo político credível entre as duas partes no conflito, com o objetivo de alcançar uma solução política justa e duradoura que garanta a autodeterminação de o povo da República Saharaui, Membro Fundador da União Africana.
Por fim, cabe destacar que a Conferência foi encerrada com a adoção de uma Declaração Política, nos termos da qual os participantes reafirmaram a validade de todos os princípios fundadores do Movimento, bem como a sua vontade de trabalhar no sentido de estabelecer um equilíbrio, relações internacionais pacíficas e democráticas.