MADRID – APS.dz .- Os sindicatos e as comissões operárias espanholas condenaram veementemente a posição expressa pelo presidente do governo espanhol, Pedro Sanchez sobre o Sahara Ocidental, qualificando-a de “contrária” à legalidade internacional e de “claro distanciamento” dos compromissos de Madrid com este território ocupado.
Manifestando a sua solidariedade com o povo saharaui através de comunicados de imprensa e cartas dirigidas à União Geral dos Trabalhadores Saharauis de Sakiet El-Hamra e Ouad-Edhahab (UGTSARIO), estes sindicatos condenaram a posição do primeiro-ministro espanhol que reflecte a “flagrante renúncia de Madrid aos seus compromissos históricos, políticos, morais e humanos nos territórios ocupados que, aos olhos da legalidade internacional, permanece sob a responsabilidade da Espanha até que o povo saharaui possa aceder aos seus direitos, nomeadamente, autodeterminação e independência”.
Nesta sentido, as secções sindicais espanholas manifestaram a sua “preocupação” com esta “reviravolta e esta posição contrária às resoluções e exigências da legalidade internacional, uma posição incompatível com as posições do povo espanhol que defende os saharauis”.
Muitas organizações, incluindo USO, AIG, Confederacion Intersindical e Comisiones Obreras, sublinharam, através das suas reações a este “abrupto e impensado” passo espanhol, que é uma posição que se opõe aos movimentos para corrigir erros cometidos na ex-colônia espanhola”.
De acordo com essas organizações, os esforços devem ser direcionados para “a solução final, justa e urgente deste conflito que persiste devido ao fracasso dos sucessivos governos espanhóis em cumprirem as suas responsabilidades”.
“A posição do actual Governo deverá agravar a situação e alimentar ainda mais a tensão. Madrid descarrilou assim do caminho da legalidade internacional”, afirmaram as secções sindicais espanholas que manifestaram o desejo de ver o seu país assumir plenamente o papel atribuído a ele.