PARIS – APS.dz – Uma reunião presidida pelo presidente do Comité Nacional Argelino de Solidariedade com o Povo Saharaui (CNASPS), Saïd Ayachi, teve lugar no sábado em Vitry-sur-Seine, Paris, para discutir a situação atual no Sahara Ocidental, a fim de contribuir eficazmente para a justa luta travada pelo povo saharaui contra a ocupação marroquina.
O presidente do CNASPS explicou os objectivos do encontro, no qual participaram o coordenador da rede CNASPS/França, Rabah Lachouri, e o representante da Frente Polisario em França, Mohamed Ali Zerouali.
O objetivo do encontro, que reuniu militantes saharauis membros da rede na região parisiense, era “dar conta da atualidade da questão saharaui” e “esclarecer as questões e os desafios gerados pela situação imposta pelo ocupante marroquino”, explica Saïd Ayachi em comunicado de imprensa divulgado pelo CNASPS.
Durante o encontro, Saïd Ayachi insistiu na “organização metódica do movimento de solidariedade com o povo saharaui a fim de contribuir efetivamente para a justa luta do povo saharaui”.
Para isso, prosseguiu, é necessário “informar o grande público e os grupos-alvo sobre as realidades e os verdadeiros factos do conflito do Sahara Ocidental, e sensibilizá-los através de encontros, conferências, visitas (e outros) suportes mediáticos, com vista a criar intercâmbios e um debate são e objetivo que deve conduzir a uma ação militante a favor da liberdade e da independência do povo saharaui”.
No mesmo contexto, o presidente do CNASPS insistiu na necessidade de “denunciar a empresa colonialista do regime marroquino, as suas violações da legalidade internacional, as suas violações dos direitos humanos, a sua pilhagem dos recursos naturais saharauis”, mas também “os seus obstáculos e manobras para impedir uma solução justa e definitiva do conflito, a sua política de facto consumado e a sua estratégia de fuga para a frente”.
Saïd Ayachi acrescentou ainda que a reunião tem por objetivo denunciar “o silêncio cúmplice de certos Estados e a impunidade que garantem ao regime marroquino”.
Estes objectivos, insistiu o presidente do CNASPS, “devem estar no centro das nossas atenções para elaborar um programa de ação multifacetado, no qual cada militante trabalhe, enquanto organização associativa, com método e coordenação, pondo em comum os recursos e complementando as potencialidades disponíveis”.
Além disso, os participantes no encontro partilharam, por sua vez, a sua visão das acções militantes a levar a cabo em apoio à justa luta do povo saharaui.
O encontro contou com a presença de diplomatas, activistas e defensores dos direitos humanos e das liberdades de vários países africanos, entre os quais o Togo, o Mali, o Benin e o Gabão.