ZANZIBAR (Tanzânia) – APS.dz.- O alargamento do âmbito dos conflitos em África constitui um obstáculo à realização dos objectivos da Agenda 2063 da União Africana (UA), em particular os ligados à conetividade continental nos domínios dos transportes, da energia e das infra-estruturas, segundo o ministro saharaui da Água e do Ambiente, Ada Brahim Ahmim.
O ministro saharaui declarou, segundo a agência de imprensa saharaui SPS, antes da quarta sessão ordinária do Comité de Ministros da UA encarregado dos sectores dos transportes, da energia e das infra-estruturas, que teve lugar na ilha tanzaniana de Zanzibar, que: “A realização do sonho africano em termos de desenvolvimento das infra-estruturas e de planos de implementação nos sectores dos transportes e da energia enfrentará grandes desafios relacionados com a paz e a segurança no continente, tendo em conta a propagação das guerras e dos conflitos em algumas regiões de África”.
Ada Ahmim sublinhou que “a superação destes desafios permitirá alcançar o desenvolvimento sustentável prosseguido pela União Africana no âmbito dos objectivos da Agenda 2063, especialmente à luz dos actuais desenvolvimentos internacionais que ensombram o continente africano”.
Ao mesmo tempo, o ministro afirmou o pleno apoio do governo da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) à implementação do conteúdo “promissor” da “Declaração de Zanzibar” e a sua aspiração de, no futuro, contribuir eficazmente para a implementação dos planos da UA relativos aos domínios de trabalho da Comissão Continental encarregada das questões de infra-estruturas, energia e transportes.
Elogiou igualmente os grandes esforços desenvolvidos pelos parceiros da UA, nomeadamente em termos de apoio técnico e de contribuição para a implementação dos planos de desenvolvimento do continente.
O responsável saharaui sublinhou, por fim, que “a República saharaui conta muito com o apoio técnico da União Africana e dos seus parceiros para dele beneficiar”, insistindo ao mesmo tempo na “representação e presença de todos os países da organização continental na elaboração e aplicação de qualquer plano africano”.