Seixal (Portugal), 19 de novembro de 2023 (SPS) -. A Frente POLISARIO reafirmou que não há alternativa para a solução do conflito que não seja o exercício pelo povo saharaui do seu direito à autodeterminação e independência.
No quadro das actividades do colóquio internacional “Sahara Ocidental e Timor-Leste: luta pela autodeterminação e independência”, que teve lugar na Câmara Municipal do Seixal, o Dr. Sidi Mohamed Omar, membro do Secretariado Nacional, representante da Frente Polisario junto das Nações Unidas e coordenador da MINURSO, proferiu uma intervenção na qual analisou o desenrolar do processo de descolonização do Sahara Ocidental.
Falando sobre o quadro jurídico da questão saharaui, o chefe da diplomacia saharaui junto das Nações Unidas e coordenador da MINURSO, afirmou que desde há cerca de 60 anos que as Nações Unidas reconhecem o estatuto internacional do Sahara Ocidental como uma questão de descolonização, sublinhando ao mesmo tempo o direito inalienável do povo saharaui à autodeterminação e à independência.
Durante o seu extenso discurso, abordou as etapas do início do processo de paz da ONU no Sahara Ocidental, após as duas partes em conflito, a Frente Polisario e Marrocos, terem aceite o plano de resolução e a criação do Conselho de Segurança da Missão da ONU para o Sahara Ocidental. Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO) com o objetivo de organizar um referendo livre e justo no qual o povo saharaui escolheria, sem restrições militares ou administrativas, entre a independência ou a adesão ao Estado ocupante, Marrocos.
A MINURSO foi incumbida de organizar um referendo popular livre e democrático sob controlo internacional.
Em conclusão, o representante da Frente Polisario junto das Nações Unidas e coordenador da MINURSO sublinhou que o carácter internacional do Sahara Ocidental enquanto questão de descolonização inscrita na agenda da ONU desde 1963 é indiscutível e, por conseguinte, não há alternativa para o povo saharaui exercer o seu direito inalienável à autodeterminação e à independência através de um referendo livre e democrático.