Sahara Ocidental silenciado no relatório do Parlamento sobre os direitos humanos devido à pressão de Marrocos

El informe anual sobre Derechos Humanos de la Eurocámara omite el Sáhara Occidental tras presiones de Marruecos para que se elimine cualquier referencia a la región. El Grupo Socialista, liderado por el español Nacho Sánchez Amor, colaboró con la diplomacia marroquí para silenciar la situación que sufren los saharauis.

Os embaixadores marroquinos pressionaram os eurodeputados a retirar qualquer referência ao Sahara Ocidental no relatório anual sobre os Direitos Humanos e a Democracia no Mundo.

Uma sombra paira sobre o relatório anual do Parlamento Europeu sobre os Direitos do Homem e a Democracia no Mundo. A questão do Sahara Ocidental foi silenciada após a intervenção de Marrocos, que pressionou os eurodeputados a retirar qualquer referência à região.

A alteração apresentada por Miguel Urbán (Anticapitalistas) e Manu Pineda (IU), que pretendia que o relatório “prestasse especial atenção à situação dos direitos humanos nos territórios ilegalmente ocupados, incluindo os casos de ocupação prolongada, como a Palestina e o Sahara Ocidental”, foi rejeitada pelos eurodeputados.

O papel do Grupo Socialista O Grupo Socialista, liderado pelo eurodeputado espanhol Nacho Sánchez Amor, coordenador da subcomissão dos direitos humanos e responsável pelo relatório, colaborou com a diplomacia marroquina para que o Sahara Ocidental não constasse do texto.

Para garantir a eliminação das referências ao Sahara Ocidental, os socialistas propuseram dividir a alteração em duas partes e votá-las separadamente. A primeira votação centrou-se na omissão das palavras “como a Palestina e o Sahara Ocidental”, enquanto a segunda tratou de cada território individualmente.

A estratégia do Grupo Socialista foi bem sucedida. A alteração, ao não ser votada em bloco, perdeu força e acabou por ser rejeitada. 386 eurodeputados votaram a favor da supressão das menções à Palestina e ao Sahara Ocidental, enquanto 110 eurodeputados da Esquerda e dos Verdes se opuseram, com 24 abstenções.

A omissão do Sahara Ocidental no relatório do Parlamento Europeu é um golpe para a defesa dos em direitos humanos na região. Esta decisão, resultado da pressão de Marrocos, silencia a situação do povo saharaui sob ocupação marroquina e priva a comunidade internacional de um instrumento crucial para a defesa dos seus direitos.

É fundamental denunciar a ingerência de Marrocos no Parlamento Europeu e exigir que seja reconsiderada a inclusão do Sahara Ocidental no relatório sobre os Direitos Humanos e a Democracia no Mundo. A comunidade internacional deve unir-se para defender os direitos do povo sarauí e garantir que a sua voz seja ouvida.