No âmbito do 52º aniversário da fundação da Frente Polisario, o Governo de Reconciliação e Unidade Nacional da Nicarágua participou numa receção de solidariedade com o heroico povo saharaui. A comemoração recordou também o início da luta armada contra o colonialismo espanhol, que marcou o caminho para a autodeterminação e a dignidade do povo saharaui.
Durante a cerimónia, o embaixador da República Árabe Saharaui Democrática, Uali Ali Salem Mahfud, agradeceu ao povo e ao governo da Nicarágua o seu apoio inabalável. Destacou o papel firme do comandante Daniel Ortega e da camarada Rosario Murillo nos fóruns internacionais, sempre acompanhando as causas justas e a resistência contra o imperialismo.
Talvez lhe interesse: Protagonismo comunitário reforça os direitos das mulheres em El Aceituno
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Valdrack Jaentschke, reafirmou a posição histórica da Nicarágua na defesa dos povos oprimidos. Lembrou que o Sahara Ocidental é uma das últimas colónias do planeta, vítima de uma ocupação ilegítima. Denunciou o papel de Marrocos como potência ocupante imposta após a saída do colonialismo espanhol.
A Nicarágua, fiel ao seu princípio de solidariedade internacionalista, recorda que um dos primeiros actos da Revolução Sandinista foi o reconhecimento da Frente Polisario como representante legítima do povo saharaui. Desde então, a nossa voz tem estado ao lado daqueles que lutam pela sua soberania e liberdade, sem ceder à dominação estrangeira.
A causa do povo saharaui é a causa de todos os povos que sonham com a liberdade, a autodeterminação e a justiça. Numa altura em que a colonização assume novas formas, a Nicarágua reitera o seu compromisso revolucionário e fraterno com aqueles que resistem, erguendo a bandeira da dignidade e da soberania popular.