Suelma Beiruk: “As mulheres saharauis oferecem as mais belas lições de resiliência contra a ocupação marroquina”

ARGEL – APS.dz – A ministra saharaui dos Assuntos Sociais e Promoção da Mulher, Suelma Beiruk, afirmou que as mulheres saharauis oferecem as mais belas lições de resiliência contra a ocupação marroquina.

Em entrevista concedida à APS por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que se celebra a 8 de março de cada ano, Suelma Beiruk afirmou que “as mulheres saharauis (…) celebram este evento num contexto marcado pela conquista do Estado saharaui graças ao seu contributo na construção das instituições nacionais e no exercício de todos os seus direitos legítimos”.

“Numa altura em que o mundo celebra esta data e se opõe à violência contra as mulheres, à falta de igualdade de oportunidades e à incapacidade de algumas mulheres exercerem os seus direitos na vida quotidiana (política, económica, social…), as mulheres saharauis orgulham-se de a existência de uma Constituição e leis que os protejam”, continuou.

Neste sentido, a ministra sublinhou que a mulher saharaui “pertence a uma sociedade que compreende e apoia o seu papel, numa altura em que as mulheres do mundo não têm as mesmas oportunidades”.

Como prova, disse, o facto de a maioria dos artigos contidos no Protocolo de Maputo girarem em torno do combate à violência contra as mulheres, e da necessidade de lhes dar oportunidades e abrir caminho à sua participação, “o que não deixa dúvidas de que as mulheres saharauis têm a sorte de desfrutar de todos esses direitos”.

“As mulheres saharauis orgulham-se de não haver violência contra elas, porque o Estado saharaui reforçou o seu estatuto, abriu-lhes o caminho e promulgou leis para as proteger”, argumentou, salientando que as mulheres saharauis são “muito mais educadas” do que antes.

Uma presença feminina “correta” nas diferentes instituições

Suelma Beiruk, que também é membro do Secretariado Nacional da Frente Polisário, explicou que a participação das mulheres saharauis tem sido reforçada em várias instituições da República, uma vez que a maioria dos homens ingressou nas frentes de combate nos primeiros anos da luta armada. “Assumindo assim (as mulheres) a responsabilidade de criar instituições e gestão em vários campos e em todos os níveis”.

A ministra referiu-se às últimas estatísticas publicadas pelo seu departamento, salientando que 21% das mulheres saharauis estão presentes no secretariado nacional da Frente Polisário, 25% no governo, 34% na assembleia nacional e em 23% nas diferentes representações diplomáticas.

Segundo ela, esta representação é “correta”, mas “não reflecte os esforços consideráveis ​​realizados pelas mulheres saharauis”, manifestando a sua vontade de produzir mais esforços em todos os aspectos da vida pública.

A ministra sublinhou ainda que as mulheres saharauis “representam a pedra angular da luta do seu povo, e que oferecem as mais belas lições de resiliência, apesar dos métodos sistemáticos de violência e abuso e da prática de vários tipos de violência verbal, física e até sexual”. pelo ocupante marroquino.

A violência marroquina, acrescentou, “não impediu a luta das mulheres saharauis que participam na organização de manifestações contra a ocupação marroquina, porque estão convencidas e persuadidas de que a sua causa é justa e que devem continuar a luta até à libertação de todo o território nacional”.

Suelma Beiruk explicou que a mulher saharaui tem esta vontade e determinação na luta contra a ocupação marroquina de “uma sociedade que não conhece o impossível”.

Por último, a ministra exortou a comunidade internacional a apoiar a mulher saharaui e a acompanhá-la na sua busca pela independência.

POR UN SAHARA LIBRE .org - PUSL
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