
Face à situação criada após a comunicação pelo governo marroquino de uma carta do Presidente de Espanha (carta que desconhecemos), a União Geral dos Trabalhadores, UGT, declara:
1) Para além dos longos anos de luta do povo saharaui, 47 anos mais tarde, geração após geração vê a mesma situação que no início do conflito. Dezenas de milhares de refugiados saharauis em campos na Argélia, e a colonização por Marrocos da antiga colónia espanhola. Este é um facto que não pode ser ignorado pela comunidade internacional, razão pela qual é necessário encontrar, no quadro das Nações Unidas, uma solução para este conflito, e sobretudo para a situação dos saharauis fora do seu país.
2) Sem ter conhecimento exacto dos termos da carta, a UGT quer recordar ao Governo os compromissos que, como o Reino de Espanha, adquiriu internacionalmente em concordância das Nações Unidas e da comunidade internacional, o que deveria conduzir a um referendo onde o povo saharaui decidisse o seu futuro.
3) A este respeito, exigimos ao Governo de Espanha que qualquer posição diferente seja produzida após um debate interno e um consenso nacional necessário, sobre uma questão que gera tantos sentimentos na sociedade espanhola.
4) Finalmente, reafirmamos que a solução para o conflito reside nas resoluções das Nações Unidas no quadro de um acordo multilateral.






